BAOBÁ
Foto: Baobá no Kruger Park - Arquivo África do Sul
História
Em 1445, navegantes portugueses conduzidos por Gomes Pires chegaram à ilha de Gorée, no Senegal; eles descobriram o brasão do Infante D. Henrique gravado em árvores. O cronista Gomes Eanes de Zurara assim descreveu a árvore: Árvores muito grandes e de aparência estranha; entre elas, algumas tinham desenvolvido um cinturão de 108 palmos a seu pé (ao redor 25 metros). O tronco de um baobá não mais alto do que o tronco de uma árvore de noz; rende uma fibra forte usada para cordas e pano; queima da mesma maneira como linho. Tem um grande fruta lenhosa como abóbora cujas sementes são do tamanho de avelãs; pessoas locais comem a fruta quando verde, secam as sementes e armazenam uma grande quantidade delas.[2]
Em Angola e Moçambique, esta árvore é conhecida por embondeiro, ou imbondeiro. Em certas regiões de Moçambique, o tronco desta árvore é escavado por carpinteiros especializados para servir como cisterna comunitária[3]
No Brasil existem poucas árvores de Baobá, que foram trazidas pelos sacerdotes africanos e foram plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas.
Essas árvores concentram-se principalmente no estado de Pernambuco (onde há 16 catalogados) e, nesse estado, na sua capital, Recife.
No Recife, o baobá da Praça da República é a possível fonte de inspiração de Saint Exupéry, quando por ali passou, ao escrever O pequeno príncipe.[4] Há um na Faculdade de Direito do Recife e outro na Cidade Universitária. Existem outros espalhados pela cidade, como em Ponte d'Uchoa e Poço da Panela. Existem três plantadas na Estância Rica Flora, em Aldeia, Camaragibe. No Sitio de Pai Adão existe um Baobá com mais de cem anos com um tronco de mais de 10 metros de circunferência.[5]
Na vila de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca, há um Baobá com mais de 350 anos e 15 metros de circunferência. No Engenho Poço Comprido (Vicência) há dois espécimes.
Outro estado com grande quantidade de baobás é o Rio Grande do Norte. Há exemplares em Natal , Nísia Floresta e nas ruinas de Pedro Velho.
Em Assú no Rio Grande do Norte existem 11 baobás de aproximadamente quatrocentos anos e atualmente estão em processo de tombamento histórico.[6]
No estado do Rio de Janeiro existem cinco exempares de baobá: um no Passeio Público, um no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas (altura da Av. Borges de Medeiros 3000), pátio do Museu Histório de Quissamã, na antiga Fazenda Quissamã e o ultimo na Ilha de Paquetá.
No Ceará, existe um exemplar na praça do Passeio Público, na cidade de Fortaleza, onde foram fuzilados alguns revolucionários da Confederação do Equador.
Em Goiânia existem três Imbondeiros, todos em residências particulares, sendo um na residência do Sr.Jorge Rassi e duas no condomínio particular Aldeia do Vale.[carece de fontes?]
O Doutor Édio Lotufo possui em sua fazenda , nas proximidades de Cuiabá, um exemplar de Imbondeiro derivado de um exemplar existente na Praça da República(Rio de Janeiro). [carece de fontes?]
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