quarta-feira, 24 de outubro de 2012

FIGURAS ILUSTRES ESQUECIDAS PELA HISTÓRIA DESTE PAÍS.












              A   brasileira Antonieta de Barros, mulher negra, destacou-se na história brasileira, como educadora e jornalista, fundando em 1922  o periódico A Semana, em Santa Ctarina. Colaborou ainda com o jornal  A República, de 1931 a 1936, escrevendo crônicas com pseudônimo de Maria da Ilha. Integrante da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, em 1934, torna-se a primeira mulher negra a assumir um mandato político no Brasil, eleita deputada estadual pelo Partido Liberal Catarinense.
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Nísia Floresta

          Em peleno  início do século XIX, uma representante do sexo feminino, espírito inquieto contra as injustiças, brasileira nordestina, potiguar, rompendo com os padrões sociais vigentes, ousa separar-se do marido, viver com um companheiro, ter filhos, criar uma escola para moças, mudar de nome e escrever os direitos das mulheres, Além disso, trouxe para sí a tarefa de mostrar, de maneira coerente e crítica com seus princípios, no estrangeiro, as belezas e mazelas de um país rico e exuberante por natureza.
          Essa história de resaistência e de muitas militâncias é, na verdade, a vida de Dionísia Gonçalves Pinto, que mais tarde se tornou Nísia Floresta Brasileira Augusta, dando nome a uma cidade. Alguém à frente de seu tempo, nascida em 1810, no sítio Floresta , na povoação de Paparí, no Rio Grande do Norte.
          Uma educadora, a quem cabe o título de primeira feminista do Brasil, cuja contribuição foi fundamental na luta por transformações das condições adversas que enfrentavam então as brasileiras.Não apenas falou, mais também agiu por uma liberdade ampla e irrestrita. Sua resistência à opressão por meio de atitudes, palestras, textos, crônicas, artigos e ensaios, publicados em português, francês e italiano, estendeu-se a defesa da República, contra a escravidão, pala liberdade religiosa e a favor dos índios.
           Ao deixar o país, em 1849, rumo a París, Nísia levou na bagagem alegrias e também tristezas, mas, sobretudo,uma profunda ligação com as coisas e gentes brasileiras. Apesar da história que escreveu, a história oficial não lhe fez, ainda, justiça! Suas obras são mais facilmente encontradas em bibliotecas da Europa do que no Brasil.

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Negra e também nordestina, a maranhense Maria Firmina dos Reis (1825/1917), considerada a primeira romancista brasileira, escreveu Úrsula, romance abolicionista publicado em 1859.


Projeto Memória 2006
Nísia Floresta - Uma mulher à frente do seu tempo.
Almanaque Histórico